De acordo com executivo, foco é impulsionar a geração distribuída em clientes com menor poder aquisitivo por meio de plantas remotas compartilhadas
Por Ricardo Casarin
O projeto de lei que está sendo elaborado para estabelecer novas regras para consumidores de geração distribuída (GD) irá estimular a geração local, segundo o presidente da GDSolar Holding, Ricardo Costa. “O objetivo do PL é estimular o mercado e remunerar as distribuidoras. A geração local terá uma diluição do custo do fio por dez anos’, declarou durante um encontro de consumidores da Enel, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Costa, que nos últimos meses tem participado da consultoria da equipe do autor do PL, o deputado federal Lafayette de Andrada, explicou que os grandes projetos de geração remota não terão o mesmo benefício. “A tarifa fio irá incidir de forma imediata para esses empreendimentos.” A ideia foi encontrar um ponto de equilíbrio entre o custo e os benefícios ao sistema.
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De acordo com executivo, o foco é impulsionar a GD em clientes com menor poder aquisitivo por meio de plantas remotas compartilhadas. “O consumidor de baixa renda não tem recursos para investir em uma instalação local. A geração compartilhada permite o acesso a energia sem esse aporte. Isso também será estimulado. Criamos a figura do condomínio voluntário, para facilitar a entrada e saída desse consumidor.”
Costa aponta que as distribuidoras locais são a mais afetadas em relação aos custos e precisam ser remuneradas. “Os investimentos na rede tornam isso obrigatório. O fio será remunerado por meio da CDE [Conta de Desenvolvimento Energético]. Haveria um período de transição, é um setor em que não pode haver choques turbulentos.”
Ele acredita que a geração fotovoltaica distribuída trará benefícios ao sistema. “A carga gerada próximo ao sistema trará um custo de energia evitado que vai se sobressair ao custo do CDE. O benefício é real e a tendência será a redução da tarifa.”
Em relação a abertura do mercado livre de energia para consumidores de baixa tensão, prevista na proposta de marco regulatório do setor elétrico, Costa avalia que isso não irá acontecer tão cedo. “O Congresso vai barrar uma mudança que cause uma restruturação no custo ao consumidor residencial, que é a grande maioria. É um mercado que necessita de grandes mudanças, isso ainda vai ser muito discutido.”
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