Para alcançar esta meta, foi iniciada a instalação de um novo parque fotovoltaico, na Serra do Mel, com capacidade de produção de 860 Megawatts (MW)
O Rio Grande do Norte planeja se tornar autossuficiente em energia fotovoltaica em 2022, assim como já é na produção de energia eólica, para atender todo o seu consumo elétrico. Em busca dessa missão, foi iniciada, pela francesa Voltalia, a instalação de um novo parque solar na Serra do Mel, com capacidade de produção de 860 Megawatts (MW).
Além disso, em outubro, a Voltalia inaugurou, em Mossoró o seu Centro Mundial de Monitoramento de Energias Renováveis. Segundo a empresa, Mossoró foi escolhida pela alta qualidade da sua mão de obra como comunicou ao Governo do Estado.
A Voltalia atua em 20 países como produtora e prestadora de serviços na produção de energia renovável a partir de energia solar, eólica, hídrica e biomassa combinando também soluções de armazenamento.
Em março, a Voltalia anunciou que vai vender parte da produção de energia solar do Complexo Solar Serra do Mel 1 e 2 à petroquímica Braskem. O contrato envolve a comercialização de eletricidade dos empreendimentos, que terão 270 megawatts em capacidade.
A companhia negociou parte da produção das usinas (32 megawatts) com distribuidoras de energia em leilão realizado pelo governo brasileiro em outubro, explica a empresa. A outra fatia, no total de 238 megawatts, foi comercializada em contratos privados com empresas como a Braskem e a estatal paranaense Copel.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o setor de energia solar fotovoltaica cresceu 175% na comparação entre 2019 e 2018 no Rio Grande do Norte e a estimativa é que em 2040 só a energia do sol represente 32% da matriz energética brasileira.
“Temos tudo para uma boa geração de energia, que é basicamente irradiância solar forte, muito sol e poucas nuvens”, explica o professor de energia elétrica Augusto Fialho. De olho nessa tecnologia para geração de energia, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte adotou a energia solar em todas as 21 unidades no ano passado.
O investimento foi de mais de R$ 16 milhões, mas a economia anual é de R$ 1,3 milhão. Além disso, as placas fotovoltaicas têm uma vida útil média de 25 anos, ou seja, o instituto vai passar muitos anos economizando gasto com energia elétrica.
O sol forte também torna a região oeste do estado a maior produtora de sal e de melão do país. A região é responsável pela produção de mais de 90% da fruta exportada pelo país.
Segundo a Aneel, até o fim de setembro de 2019, cerca de 1.980 empreendimentos, entre rurais, residenciais, industriais, comerciais e públicos, tinham, juntos 28.264,62 kW de potência instalada. A tendência é que a utilização da energia solar cresça ainda mais com o resultado do mais recente leilão de energias renováveis promovido pela Aneel, que contemplou mais dois parques solares a serem construídos até 2025.
No RN, 56,3% das cidades contam com sistemas fotovoltaicos para a captação de energia. Esse percentual é o terceiro maior do Nordeste, ficando somente atrás do Ceará, com 76,6%, e de Pernambuco, com 68,5%, conforme dados da Aneel. Números repassados pela Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) mostram o avanço no número de unidades geradoras dessa matriz energética no Estado.
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