Construção contará com painéis solares, reuso de água para irrigação, iluminação natural e produção de gelo para abastecer aparelhos de ar-condicionado
Xangai, na costa central da China, é a maior cidade do país e um núcleo financeiro global, com população de 24,28 milhões. Nessa cidade, o projeto de construção da sede estatal CECEP – Corporação do Grupo de Conservação de Energia e Proteção Ambiental da China promete ser “o prédio mais sustentável de Xangai”. Projetada pelo escritório Zaha Hadid Architects, a construção será focada em conceitos sustentáveis relacionados à preservação ambiental, utilizando recursos tecnológicos como painéis fotovoltaicos, além de princípios da arquitetura e do design para minimizar o consumo de energia.
O design das torres foi desenhado para receber o máximo de luz do Sol, otimizando a captura de energia solar por painéis fotovoltaicos que serão instalados na cobertura do prédio e como revestimento em outros pontos do campus. As áreas verdes contarão com sistemas de coleta de água das chuvas para irrigação. Para equilibrar a temperatura e deixar o ambiente fresco e agradável, o edifício terá um sistema que produzirá gelo durante a noite para abastecer aparelhos de ar-condicionado no dia seguinte, reduzindo a demanda por energia.
A expectativa do escritório é que o edifício consiga 90 pontos no sistema de avaliação de sustentabilidade chinês (o Three Star Green Building Rating), o que o tornaria o prédio com maior classificação na cidade. O campus da CECEP ocupará uma área de 218 mil m² e será formado por diversas torres arredondadas e intercaladas no topo. Na base do edifício, está prevista a construção de um parque urbano.
Além do design e dos recursos tecnológicos o escritório se comprometeu a utilizar para a construção, materiais reciclados e de origem local, como forma de fortalecer também a economia da região. Assim, com todas essas iniciativas, o escritório também reduzirá a pegada de carbono implícita ao projeto.
O projeto também inclui a renovação um antigo espaço industrial que existe no terreno. A antiga fábrica será usada para abrigar os programas educacionais e voltados à comunidade promovidos pela CECEP.
Os sistemas serão conectados por meio de tecnologia do 5G, que possibilitará o ajuste automático da demanda por energia dependendo da quantidade de luz solar, temperatura e número de ocupantes no prédio.
Outra novidade da tecnologia é a possibilidade de funcionários e visitantes acessarem o edifício sem a necessidade de tocar em superfícies, já que o projeto também prevê o uso de segurança biométrica em seu acesso.
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