Investimento feito pela área de Private Equity da Siemens Financial Services figura entre os maiores de capital estrangeiro no setor no país
Por Ricardo Casarin
A Siemens anunciou a aquisição de 49% da Brasol Participações e Empreendimentos S.A, uma empresa de geração distribuída, e amplia presença no mercado de energia solar brasileiro. De acordo com a companhia, o investimento feito pela área de Private Equity da Siemens Financial Services figura entre os maiores de capital estrangeiro no setor no país. O valor da negociação não foi divulgado.
Essa é a segunda aquisição no Brasil da Siemens Financial Services nesse mercado em cerca de um ano. Em agosto do ano passado, a companhia comprou 20% da Micropower-Comerc, empresa que disponibiliza baterias de armazenamento de energia a partir de contratos de performance.
A companhia informou que, na parceria com a Brasol, os clientes terão acesso a ferramentas e serviços digitais da Siemens através do MindSphere, um sistema operacional baseado em Internet das Coisas (IoT), que permite conectar máquinas e infraestruturas físicas ao mundo digital. Os consumidores também terão à disposição um leque de soluções em energia, incluindo eficiência energética.
“A descentralização da geração elétrica é uma tendência global e o futuro do setor será cada vez mais focado na inteligência de dados para reduzir custos e mitigar riscos. Enxergamos potencial para identificar eficiências e gerar novas economias para os clientes na enorme quantidade de dados gerados”, afirmou o diretor de investimentos no Brasil da Siemens Financial Services, David Taff.
Em seu modelo de operações, a Brasol oferece energia solar como um serviço e fica responsável pela aquisição e instalação das placas solares, assim como o gerenciamento do sistema. O serviço é destinado a grandes consumidores de energia, como indústrias, redes varejistas e centros de distribuição.
A Siemens destacou que a Brasol é formada por executivos com experiência internacional em geração solar nos mercados da Europa, Ásia e América do Norte e se destaca por aplicar as melhores práticas globais na engenharia, no desenvolvimento e na execução dos projetos.
A empresa assinalou que, apesar do impacto da COVID-19, o setor de geração distribuída atingiu a marca de 3 gigawatts (GW) no país em 2020, e a expectativa é que o setor cresça entre cinco e 10 vezes na próxima década. “Trata-se de uma oportunidade sem precedentes para as empresas assumirem o controle de sua própria energia através da autogeração confiável, econômica e sustentável”, diz Ty Eldridge, sócio fundador e CEO da Brasol.
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