Brasil totaliza 4,55 GWh em geração local desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN)
De São Paulo
O crescimento das fontes renováveis e a existência de sistemas isolados dependentes da geração a diesel trazem uma perspectiva de oportunidades para o mercado de armazenamento de energia nos próximos anos, destacou o supervisor de projetos da BYD Energy Storage, Marcelo Taborda, durante webinar do setor. “Temos um mercado interessante que é o de sistemas isolados que rodam a diesel. Já existem soluções de armazenamento por meio de baterias que atendem perfeitamente essa demanda de grande porte”, disse o executivo.
O Brasil totaliza 4,55 GWh em geração local desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN). A maior parte dessas localidades está na região Norte, nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará, além o arquipélago de Fernando de Noronha e algumas localidades do Mato Grosso. A geração por fontes renováveis, aliada ao armazenamento, poderia trazer uma alternativa mais sustentável do ponto de vista econômico e ambiental para esses lugares.
“Essas fontes são intermitentes e precisam de baterias para garantir estabilidade e capacidade de despacho. O crescimento dessa forma de geração no país é uma grande oportunidade para o mercado de armazenamento”, afirmou Taborda.
Ele também destacou como fatores positivos para o segmento a redução de custos das baterias de lítio, alterações no modelo tarifário brasileiro, a mobilidade elétrica e o aprimoramento da tecnologia de armazenamento. “Ocorre com as baterias de lítio o mesmo que ocorreu com a energia solar no passado: uma tecnologia desconhecida para muitos, com um preço que ainda não cabe em todos os projetos. Mas a redução de custos já está acontecendo.”
“Temos que lembrar que em breve teremos tarifas horárias no Brasil, o que ajuda a proporcionar novos modelos de negócios através do armazenamento de energia. A previsão de aumento do mercado de veículos elétricos eleva a demanda por baterias.
A tecnologia de lítio está sendo aprimorada, com melhoras em termos de densidade energética e longevidade’, concluiu Taborda. De acordo com estimativas da Bloomberg, o Brasil irá totalizar 1 GW de capacidade de instalada de sistemas de armazenamento até 2025, se posicionando junto ao México como os líderes de mercado na América Latina.
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