Empresa canadense busca parcerias nacionais para o desenvolvimento e projetos
A Solar Provider Group (SPG), empresa canadense de desenvolvimento solar, anunciou investimento de U$ 250 milhões no mercado fotovoltaico brasileiro nos próximos cinco anos. De acordo com a empresa, o segmento oferece oportunidades que vão ao encontro das estratégias globais da companhia. Prova disso é a intenção do governo brasileiro de atrair quase US $ 8 bilhões em investimentos diretos privados, o que pode gerar mais de 160 mil novos empregos.
Segundo o SPG, no âmbito energético, o mercado solar brasileiro está crescendo exponencialmente, com 3,3 GW implantados no ano passado, um crescimento de 44% em relação a 2018. Estima-se que a capacidade solar do país chegue a 126 GW até 2040.
Diante dessa expectativa, o grupo está em busca de parceiros de desenvolvimento local no Brasil, junto com compradores corporativos de energia. Para o chefe de desenvolvimento de negócios do Solar Provider Group, Cesar Frota, é muito estimulante a oportunidade que o mercado brasileiro representa, tanto para o Solar Provider Group quanto para a indústria solar global. “Estamos ansiosos para construir parcerias fortes e fornecer energia limpa e sustentável ao meu país de origem, o Brasil”.
O SPG é especializado em financiamento, estruturação, engenharia e desenvolvimento e pretende construir relacionamentos com empresas de energia solar brasileiras com experiência em desenvolvimento em nível local.
O objetivo da empresa é aumentar a velocidade de implantação e a agregação de valor, com sua experiência em formar parcerias e executar em escala com empresas locais.
Pela primeira vez na Holanda, o grupo está desenvolvendo, desde novembro do ano passado, a fazenda solar, Solar Park Nieuweweg. Com capacidade de 6 MW a planta deverá gerar energia limpa suficiente para cerca de 2747 domicílios holandeses.
O projeto está inserido no programa de energia renovável da Holanda, The Stimulering Duurzame Energieproductie (SDE +), que visa ajudar o país a atingir a meta de gerar 14% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis este ano.
A energia solar fotovoltaica ganha cada vez mais espaço no Brasil e atualmente essa fonte de energia já ocupa a 7ª posição na matriz elétrica nacional, ultrapassando a nuclear. Hoje, sua presença é vista em grande quantidade em pelo menos três estados brasileiros e ao menos quatro capitais. A previsão é que até 2030 esse sistema fotovoltaico deverá atingir 2,7 milhões de unidades consumidoras, diminuindo a geração de energia suja, reduzindo os custos, entre outros benefícios.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) seus benefícios incluem a esfera socioeconômica, como a redução de gastos com energia elétrica para a população, empresas e governos, trazendo economia para a sociedade. Além disso impulsionam a geração de empregos locais, estimados em de 25 a 30 novas vagas por MW/ano; e a atração de capital externo e novos investimentos privados no país.
Já no âmbito ambiental são destacados a geração de eletricidade limpa, renovável e sustentável, sem a emissão de gases de efeito estufa, sem resíduos, com baixo impacto ao meio ambiente. A energia solar fotovoltaica, segundo a entidade, também tem grande importância estratégica, promovendo a diversificação da matriz elétrica brasileira ajudando na segurança e no suprimento de energia elétrica.
Essa diversificação ajuda na redução de perdas e postergação de investimentos em transmissão e distribuição e alivia a demanda elétrica em horário diurno, reduzindo custos aos consumidores.
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