Estudo do Ministério da Integração Nacional mostra que seria possível produzir mais de 3 mil megawatts (MW) de capacidade instalada
O uso de energia solar para o bombeamento de água no Projeto de Integração do São Francisco (Pisf), que prevê a ampliação do sistema de transposição do rio no nordeste brasileiro, pode se configurar como uma grande oportunidade de negócios para o setor fotovoltaico no Brasil.
Segundo estudo do Ministério da Integração Nacional, apresentado recentemente em Recife (PE), o projeto de bombeamento das águas deve gerar cerca de 100 mil empregos na região, além de eliminar a necessidade de se ratear a conta de energia com os consumidores dos quatro estados envolvidos (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará), estimada em R$ 240 milhões por ano.
O estudo de viabilidade Ministério da Integração Nacional, de geração de energia renovável ao longo do curso da transposição, mostra que seria possível produzir mais de 3 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, superior à hidrelétrica de Xingó. Caso esse potencial seja aproveitado ao máximo, os investimentos na região seriam de cerca de R$ 15,72 bilhões.
O governo federal estabeleceu três alternativas de utilização do potencial energético no projeto: a autoprodução (geração apenas da energia necessária para o bombeamento), a energia ecoável (com possibilidade de venda de parte da energia produzida) e a geração total (aproveitamento de todo o potencial identificado na transposição). Nesse último cenário, a capacidade instalada chegaria aos 3,54 mi MW, potencial que já atraí investidores privados, que ficariam responsáveis pela maior parte dos aportes. Apenas 7,9% dos custos iriam para a conta da União.
A maior compatibilidade com o projeto é da fonte solar fotovoltaica, representando mais de 90% da capacidade instalada máxima prevista e geração de emprego, em maior parte, no estado de Pernambuco. Dados do setor mostram que a previsão de retorno dos investimentos seria de cerca de quatro anos, período bastante atrativo para contratos que duram pelo menos 20 anos.
O baixo custo com infraestrutura é outro fator determinante para a atração dos investidores, à medida em que o aproveitamento do curso dos canais eliminaria gastos com desapropriações, terraplanagem ou transmissão, tornando a instalação das usinas solares mais rápida e barata. Também ficou atestada a ausência de riscos ambientais, litígios fundiários e de presença de sítios minerais ou arqueológicos.
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