Economia já chega a R$ 1,6 milhão e processo chega a ser responsável pela produção de 20% da eletricidade consumida nos dois prédios da instituição
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), localizado em Brasília, conta com a instalação de uma usina minigeradora de energia solar que já proporcionou uma economia de R$ 1,6 milhão para a instituição desde 2017 quando o sistema foi instalado. A iniciativa é pioneira nos edifícios do poder Judiciário e também é responsável pela produção de 20% da eletricidade consumida nos dois prédios.
Somente em 2019, o TSE economizou R$ 770 mil que seriam gastos com energia solar, economia que incentivou outros órgãos, como o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Tribunal de Contas da União (TCU), que também aderiram à iniciativa.
A usina está instalada no edifício anexo do TSE e funciona de forma sustentável, utilizando a irradiação solar, absorvida entre 8h30 e 16h30, com picos ao meio dia, horário em que o sol está posicionado bem acima das placas fotovoltaicas que compõem o dispositivo para gerar energia elétrica. O sistema ainda proporcionará economia por cerca de duas décadas, já que a vida útil média do equipamento é de 25 anos.
De acordo com o engenheiro eletricista, Alexandre do Nascimento, servidor do TSE que idealizou o projeto, em termos de sustentabilidade, não há energia melhor do que essa fonte limpa e renovável e não poluente. A quantidade de energia produzida está ligada ao nível de irradiação. Quanto maior irradiação solar vai gerar mais energia limpa. “A energia fotovoltaica é gerada a partir de materiais fáceis de serem encontrados, como o silício, e não traz nenhum tipo de degradação ambiental”, comenta.
A construção da usina atende à resolução TSE número 23.474/2016, que prevê a implementação do Plano de Logística Sustentável da Justiça Eleitoral (PLS-JE) e à resolução CNJ número 201/2015, normativo elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que recomenda a promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social do Poder Judiciário.
Em Brasília, todos os órgãos públicos localizados aderiram ao uso da energia solar para a produção de eletricidade os Tribunais Regionais Eleitorais do Amapá, do Ceará, de Goiás, do Maranhão, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, do Pará, do Paraná, de Sergipe e de Tocantins.
De acordo com a equipe da SEAP/CENAQ/SAD, responsável pela implementação da usina, a instalação dos painéis fotovoltaicos sobre o anexo tem quase nenhum impacto estético, porque as placas estão instaladas com inclinação entre 15º e 17º. Além de gerar energia, elas também impedem a incidência direta da luz do sol sobre a laje, o que contribuirá para uma temperatura mais amena no edifício e, consequentemente, um menor uso do ar condicionado. A energia gerada será consumida imediatamente. Caso haja uma geração de energia maior do que o consumido em períodos específicos, como finais de semana e feriados, o que for produzido a mais retornará ao Tribunal em forma de desconto na conta de luz, graças ao medidor bidirecional que registra tanto a saída de energia do prédio quanto a sua entrada.
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