Segundo diretor geral Álvaro García-Maltrás, País apresenta maior crescimento no setor e, portanto, maior potencial de negócios
O Brasil será o principal mercado fotovoltaico da gigante Trina Solar em 2020 na América Latina. Segundo o diretor geral para América Latina e Região do Caribe da Trina Solar, o espanhol Álvaro García-Maltrás, o País deve ocupar uma posição de destaque, superando a liderança do México, devido ao crescimento acentuado do setor nos últimos anos.
O diretor reforça que a Geração Distribuída (GD) no Brasil é liderada por empresas locais, garantindo maior confiabilidade no setor. Porém, em países que também apontam crescimento da energia solar, como México e Chile, os mercados são formados por grandes usinas e dominados por empresas europeias, norte-americanas e chinesas. “Devido a esta particularidade do mercado brasileiro, devemos expandir ainda mais nossas operações no Brasil em 2020”, explicou García-Maltrás.
Com foco no País, a empresa prepara-se para lançar em 2020 o software usado em projetos de maior porte para a solução TrinaPro (composto por painéis, trackers e inversores). “A tecnologia vai agilizar a interação entre essas três estruturas da TrinaPro que, quando combinadas com os dados locais de clima e incidência solar, podem aumentar o rendimento dos painéis em até 2% comparado com projetos que não contam com um software como o desenvolvido pela Trina Solar”, disse.
A estimativa de crescimento da empresa é positiva. Segundo o diretor, a expectativa é fechar 2019 com 20% do market share no Brasil. A Trina Solar trabalhou este ano, entre outros, com a WEG, um forte parceiro no segmento de Geração Distribuída, e com outros que agregaram muito valor à empresa no país. “Também fechamos contratos com grandes usinas solares que nos ajudarão com a penetração da marca no mercado”, completou.
A Trina Solar obteve destaque pelo mundo, encerrando 2019 como uma das três Tops Exportadoras Globais de soluções para energia solar e, também foi indicada pela 4ª vez consecutiva pela Bloomberg New Energy Finance (BlombergNEF) como a fornecedora de módulos fotovoltaicos 100% mais financiável do mundo.
Sobre a revisão da Resolução 482 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que está em andamento para tratar da Geração Distribuída no país, García-Maltrás acredita que o governo brasileiro não deterá o crescimento de um setor tão dinâmico como é o de fotovoltaico. “O setor está em desenvolvimento, criando consideravelmente novos postos de trabalho. Do nosso ponto de vista, não faria sentido limitar esse desenvolvimento porque a penetração da energia solar é relativamente pequena quando comparada aos diferentes tipos de fontes energéticas disponíveis no país. Ainda há muito espaço para crescer, e seria uma pena limitar este crescimento que acaba de começar”, comentou.
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