Empreendimentos serão instaladas nos campi São Borja, Bagé, Dom Pedrito, Alegrete e Itaqui
Por Cristiane Pinheiro
A Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio Grande do Sul, vai instalar geradores de energia solar fotovoltaica para abastecer os campi São Borja, Bagé, Dom Pedrito, Alegrete e Itaqui. O campus de São Borja foi o primeiro a receber os módulos. Serão oito placas fotovoltaicas de 18,48 kilo-watt-pico (kwp), gerando uma economia inicial de energia em torno de 30% a 40%. Hoje, somando todos os campi, as despesas com energia elétrica representam pelo menos 10% do custeio discricionário da instituição, aproximadamente R$ 3 milhões por ano.
A instalação será feita no prédio acadêmico II no campus I e no prédio administrativo do campus II. A implantação está projetada para ser finalizada em março de 2021.
O objetivo da instituição é gerar estímulo ao uso de energias sustentáveis e o atendimento a política nacional de meio ambiente. A universidade busca eficiência energética e redução de custos na conta de luz uma vez que em breve serão entregues inúmeros prédios e espaços físicos que contemplam laboratórios com considerável necessidade energética e salas de aula, sem contar com os aspectos sustentáveis de compromisso institucional com a agenda 2030.
O Rio Grande do Sul acaba de ultrapassar a marca de 500 megawatts (MW) operacionais em geração distribuída a partir da fonte solar, ocupando a segunda posição no ranking estadual da geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil, segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
O território gaúcho possui atualmente 43.439 sistemas em operação, que abastecem cerca de 53.054 consumidores, espalhados por mais de 490 cidades. Ou seja, mais de 90% dos 497 municípios gaúchos já possuem pelo menos um sistema solar fotovoltaico em funcionamento.
Um dos destaques no Rio Grande do Sul é o município de Caxias do Sul, que lidera a geração fotovoltaica no estado. Para Mara Schwengber, coordenadora estadual no Rio Grande do Sul da ABSOLAR, a região é estratégica no País para o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica. “O estado gaúcho possui um grande potencial para a tecnologia fotovoltaica e, com a atual presença da energia solar na geração distribuída, o mercado contribui de forma significativa para o desenvolvimento sustentável e econômico de toda a região”, comenta.
O presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia, destaca que a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos estados brasileiros. “A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, conclui Sauaia.
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