Novo objetivo, 40% mais alto do que o estabelecido em 2014, busca ajudar a recuperação econômica em relação aos impactos da pandemia de coronavírus
De São Paulo
A União Europeia propôs uma nova a meta de redução de emissões do continente de pelo menos 55% até 2030, na comparação aos níveis de 1990. O novo objetivo é 15 pontos percentuais superior ao atual, e foi apresentado em vista do forte ritmo de incremento da potência instalada de fontes renováveis no continente.
A nova meta, 40% mais alta que a estabelecida em 2014, busca ajudar a recuperação econômica em relação aos impactos da pandemia de coronavírus e promover a inovação no desenvolvimento de tecnologias de geração limpa. Os estados-membros poderão acessar um fundo de 750 bilhões de euros para fazer investimentos na transição energética e estimular a instalação de renováveis. Cerca de 37% desse fundo será investido nos objetivos do chamado Acordo Verde Europeu.
“Estamos fazendo o possível para manter nossa promessa aos europeus: fazer a Europa o primeiro continente neutro em emissões até 2050”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Sairemos mais fortes da pandemia investindo em uma economia circular eficiente, promovendo inovação em tecnologias de energia limpa e criando empregos verdes.”
Uma avaliação da União Europeia em relação aos planos de combate as mudanças climáticas dos países do bloco revelaram que eles estão acelerando a transição energética. O levantamento indica que a participação de fontes renováveis na matriz do continente pode chegar a 33,7% em 2030, ultrapassando a meta atual de 32%.
A CEO da SolarPower Europe, Walburga Hemetsberger, declarou que os planos para incrementar a participação de renováveis para 38% a 40% são extremamente positivos. “Isso fará com que a Europa lidere o mundo em tecnologias de geração renovável e ajudará a atingir as novas metas de emissões até 2030. A fonte solar é a que tem apresentado as maiores reduções de custos, além de ganhos de eficiência e inovações, como usinas flutuantes. Isso torna a fonte não só estratégica para contribuir com os planos do Acordo Verde Europeu, mas para criar empregos e oportunidades de desenvolvimento.”

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