Com a nova tecnologia inserida no país, a estimativa é gerar 40 gigawatts fotovoltaicos nos telhados até 2022
O maior estado em população e em tamanho da Índia, Uttar Pradesh, estreou no país uma infraestrutura de comércio de energia solar com sistema de blockchain, da empresa australiana Power Ledger, especializada em tecnologia descentralizada de comércio de energia renovável. Com o projeto, os indianos estimam gerar 40 gigawatts fotovoltaicos nos telhados até 2022.
O governo indiano já fechou grande parte da implementação com a Power Ledger. No projeto piloto, a eletricidade gerada pelos telhados solares com a plataforma de blockchain instalados nos edifícios do governo estadual será vendida para residências e escritórios vizinhos.
Tecnicamente, o blockchain da empresa ficará ligado aos medidores inteligentes fornecidos pelo governo para permitir que famílias com telhados solares estabeleçam preços e acompanhem o comércio de energia em tempo real.
Segundo informações da mídia local, a nova iniciativa será comandada por dois órgãos estatais: a Agência de Desenvolvimento de Energia Nova e Renovável de Uttar Pradesh (UPNEDA) e a Corporação de Energia de Uttar Pradesh (UPPCL).
Na primeira fase do projeto piloto está prevista para ser concluída no primeiro trimestre de 2020, envolvendo somente edifícios de escritórios do governo na capital do estado, Lucknow. O governo já está estruturando uma regulação adequada para facilitar o comércio no mercado de energia solar. Após a primeira fase do projeto será feita uma nova análise para aperfeiçoar a regulamentação, fazendo alterações caso seja necessário.
Para supervisionar os aspectos tecnológicos do novo projeto, a iniciativa de parceria público-privada do governo estará em coordenação com a australiana Power Ledge.
A iniciativa foi vista com bons olhos pelo CEO da Binance, Changpeng Zhao, que anunciou recentemente a aquisição da principal bolsa de criptomoedas da Índia WazirX. “O movimento foi um passo na direção certa”, disse. Agora, a Índia terá que competir com a China, que também adota essa tecnologia ainda muito recente.
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