Nos próximos quatro anos, a comercialização desses veículos devem superar 7 milhões por ano na Europa, Estados Unidos e China, segundo estudo da Wood Mackenzie
De acordo com pesquisa recente da consultoria Wood Mackenzie, as vendas de veículos elétricos devem alcançar, em 2050, 62 milhões de unidades por ano, com a frota global somando 700 milhões. O estudo indica que, em 2047, as vendas combinadas de automóveis de bateria elétrica, de célula de combustível e híbridos irão ultrapassar, pela primeira vez, as compras de carros a combustão.
Nos próximos quatro anos, as vendas de carros elétricos devem passar de 7 milhões por ano na Europa, Estados Unidos e China. A diminuição dos custos deverá estimular a comercialização e, em 2030, dobrar os números da tecnologia para 15 milhões por ano no total das três áreas. A Wood Mackenzie afirma que as vendas de veículos na Europa, América do Norte e China serão majoritariamente de elétricos em 2050, marcando 86%, 76% e 81%, respectivamente.
“Em 2020, a vendas globais de veículos elétricos cresceram 38%, apesar de um declínio de 20% no setor de automóveis como um todo. Restrições de emissões na Europa ocidental foram bem sucedidas em dobrar a adoção deste tipo de transporte, apesar da pandemia de COVID-19. Isso fornece um exemplo para outros países e regiões com metas semelhantes de impulsionar as vendas de veículos elétricos”, relatou Ram Chandrasekaran, analista da consultoria.
A Wood Mackenzie também aponta que a Tesla, Volkswagen, Fiat-Peugeot, General Motors, Hyundai e a Renault-Nissan – ou seja, as maiores fabricantes automotivas da atualidade – seguirão sendo responsáveis por grande parte do futuro mercado de automóveis elétricos.
“A maioria das empresas estão alguns anos atrás da Tesla em termos de tecnologia e eficiência. Porém, elas podem superar rapidamente essa companhia em termos de capacidade de fabricação e qualidade”, pontuou o analista.
Protagonizadas por caminhões leves e ônibus elétricos, é previsto que as vendas de veículos elétricos comerciais ultrapassem, em 2025, 3 milhões por ano e, em 2030, triplique para quase 9 milhões. Espera-se que o segmento consiga atingir 6,4 milhões por ano em 2050, ao passo que a frota global alcançará 54 milhões.
Além disso, o estudo expressa que, sendo responsáveis por 88% dos 416 milhões terminais do mundo em 2050, os carregadores de veículos residenciais serão a principal forma de abastecimento de veículos elétricos.
“Apesar desse cenário de crescimento dos veículos elétricos, a demanda global de veículos leves por combustíveis fósseis deverá ser reduzida em apenas 24% nos próximos 30 anos. A lenta erosão da frota de motores por combustão e uma demanda crescente de economias emergentes são as principais razões para essa queda letárgica”, concluiu Chandrasekaran.
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