Mercado representa mais de R$ 15 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais
Por Ricardo Casarin
Os estados da Bahia, Ceará e São Paulo atingiram importantes marcas na geração solar distribuída, conforme levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Enquanto os estados nordestinos chegaram a 100 megawatts (MW) cada um de potência instalada, São Paulo alcançou 400 MW no mesmo segmento.
De acordo com a entidade, o Ceará possui 7.188 sistemas conectados, abastecendo 173 municípios com solar fotovoltaica. O estado ocupa o nono lugar no ranking de GD solar FV e já tem 9.094 consumidores que conseguem economizar na conta de luz. Já a Bahia está no décimo lugar no ranking de GD solar fotovoltaica, com 9.895 sistemas conectados. São 362 municípios e 11.996 consumidores atendidos pela fonte.
Já São Paulo conta com 42.893 sistemas conectados abastecendo 626 municípios com a fonte fotovoltaica. O estado ocupa o terceiro lugar no ranking de energia solar fotovoltaica na geração distribuída, com 50.454 consumidores.
O líder do ranking estadual de GD solar é Minas Gerais, com 594 MW. Recentemente o Brasil ultrapassou a marca de 3 GW de potência instalada no segmento. O volume considera sistemas de microgeração e minigeração em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Esse mercado representa mais de R$ 15 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais. A tecnologia fotovoltaica é utilizada atualmente em 99,8% de todas as conexões distribuídas do Brasil.
Apesar desses avanços, a ABSOLAR avalia que o Brasil continua com um mercado muito pequeno na geração distribuída, já que possui mais de 84,4 milhões de consumidores de energia elétrica e apenas 0,4% faz uso do sol para produzir eletricidade. Para o CEO da entidade, Rodrigo Sauaia, o Brasil é uma nação solar por natureza, com condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área.
“A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País. Ela terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico, sobretudo agora para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o dirigente.
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