Plano de crescimento da companhia estima, até 2023, alcançar 2.500 clientes e uma receita recorrente de R$ 10 milhões
Visando progredir no mercado de energia solar por assinatura, a Solar21 volta sua atenção ao setor de consumidores residenciais. O plano de avanço da companhia estima, até 2023, alcançar 2.500 clientes e uma receita recorrente de R$ 10 milhões, permitindo uma gestão de ativos em geração fotovoltaica no valor de R$ 52 milhões.
“Nos planejamos para atacar esse mercado de domicílios, que têm um potencial absurdo”, detalhou Vinicius Ferraz, CEO da Solar21, em entrevista cedida ao InfoSolar. “Na cidade de São Paulo, existem 25 mil prédios verticais, enquanto casas domiciliares são mais de 3 milhões. No estado são 11 milhões, é um mercado infinito”.
O setor residencial representa 74,9% do total de sistemas de geração solar distribuída instalados no território brasileiro, totalizando quase 352 mil unidades, conforme o levantamento mais recente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
A Solar21 opera por meio do solar as a service, um modelo de negócio que corresponde à instalação e manutenção de um sistema de geração solar por intermédio de uma empresa, a partir do pagamento mensal do consumidor. “O consumidor não precisa do ativo, esse modelo é o futuro. Buscamos o perfil de um cliente moderno, digital, que não se preocupa com a posse. Não é aluguel, nem compra, é solar por assinatura”, afirmou Ferraz.
Ele também relatou que, até pouco tempo, a companhia trabalhava somente com condomínios residenciais verticais, já que ainda não contava com uma estrutura capaz de responder às necessidades de casas residenciais. “Começamos o negócio em 2017 e nos deparamos com algumas dificuldades. Fomos buscar clientes de menor risco e chegamos aos condomínios verticais, que são excelentes pagadores”.
Nos dias de hoje, a empresa tem 13 condomínios como clientes: quatro em Salvador (BA) e nove em Brasília (DF). “O crescimento no mercado de condomínio é linear e tem muita burocracia, leva uma média de quatro meses para assinar o contrato. Conseguíamos atender esse segmento e seguimos estudando o setor, desenvolvendo nossa plataforma digital, estruturando nossa expansão para o segmento residencial, cujo crescimento é exponencial”, explicou o executivo.
Além disso, a Solar21 tem uma plataforma própria capaz de monitorar o serviço e digitalizar a contratação. “O Brasil tem milhares de empresas de integração, por isso é preciso tecnologia para se destacar. Acreditamos possuir três grandes diferenciais: não trazemos necessidade de investimento para o cliente, toda a prestação de serviço, inclusive a manutenção, está inclusa na assinatura, e a experiência digital, que permite que tudo seja feito no celular ou computador”, esclarece Ferraz.
“Hoje estamos com uma estratégia bem definida. No ano passado, fizemos uma pesquisa para entender o segmento residencial e atestamos que o nosso produto funciona bem. Já estamos assinando contratos em 2021, e temos cerca de 300 clientes em lista de espera”, informou o executivo.
Ferraz detalhou ainda o perfil do consumidor da Solar21: “Se tiver conta de energia acima de R$ 250 e morar em uma casa, já está apto para uma visita técnica”. A companhia focará suas atividades nas regiões de Brasília, Grande São Paulo e Campinas (SP). “Planejamos nos expandir futuramente para outros estados e para mais regiões de São Paulo”.
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