20 usinas das regiões Nordeste e Sudeste foram negociadas no evento
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) anuncia sinal de alerta para as tarifas de energia elétrica no futuro. Isso porque, apesar do leilão de energia nova A-5, que foi realizado no dia 30 de setembro, aumentar a contratação de fontes renováveis, as fontes térmicas mais caras foram arrematadas em maior volume.
Entre usinas solares, térmicas, hidrelétricas e eólicas, o leilão resultou na contratação de 40 empreendimentos, viabilizando mais de R$ 3 bilhões em investimentos novos. O preço médio das contratações foi de R$ 238,37/MWh, com deságio de 17,48%, resultando em R$ 1,26 bilhão de economia para os consumidores de energia.
A fonte fotovoltaica foi a que atingiu o valor mais baixo do leilão, com um preço médio de R$ 166,89/MWh, a fonte teve um deságio de 12,63% em relação ao valor inicial, que era de R$ 191,00/MWh.
Ao todo, 20 usinas foram arrematadas, com localização nas regiões Sudeste e Nordeste. Elas totalizam 236,40 MW de potência e mais de R$ 900 milhões a serem investidos até 2026.
Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar, acredita que os resultados demonstram a competitividade da fonte solar fotovoltaica: “O volume contratado foi, contudo, muito baixo em comparação com o número elevadíssimo de projetos participantes do leilão”, afirma Sauaia.
“Isso ocasionou uma alta competição entre os empreendedores, produzindo preços-médios abaixo da referência para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, o que demonstra uma alta capacidade competitiva da fonte, mesmo em momentos de turbulência macroeconômica”, destaca o presidente-executivo.
Rodrigo também comenta que o setor fotovoltaico teve mais de 800 projetos ofertados, porém um volume muito reduzido foi contratado, o que desapontou os investidores e o mercado: “Perde-se a oportunidade de dar um sinal claro à sociedade de expansão das renováveis no País”, declara Sauaia.
Comments