MME aponta que governo não enxerga procura significativa para os leilões de energia A-3 e A-4
- grupomotaservicos
- 29 de abr. de 2021
- 2 min de leitura

Somando mais de 66 GW de oferta, foram cadastrados 1.841 empreendimentos únicos para o certame, contando com projetos fotovoltaicos, termelétricos a biomassa, eólicos e hidrelétricos
Os leilões de energia A-3 e A-4 estão previstos para serem realizados de modo sequencial em 25 de junho de 2021. Apesar do governo federal não enxergar uma procura significativa para os leilões, Marisete Pereira, secretária executiva do Ministério de Minas e Energia (MME), relatou no dia 26 de abril que a expectativa é positiva.
“A gente está com uma expectativa positiva. Só que, por outro lado, a gente tem que observar que hoje em torno de 36% já é mercado livre e onde a gente tem sinal dos leilões é no mercado regulado. As distribuidoras veem numa trajetória de sobrecontratação [de energia] e acredito que para os leilões A-3 e A-4 talvez não tenhamos grande demanda”, afirmou a secretária executiva durante o Agenda Setorial.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no total, somando mais de 66 GW de oferta, foram cadastrados 1.841 empreendimentos únicos para esses certames, contando com projetos fotovoltaicos, eólicos, termelétricos a biomassa e hidrelétricos.
“Quando eu olho os projetos cadastrados nesses leilões, vemos o interesse no setor de energia”, declarou a representante.
Leilões estruturais
Conforme Marisete Pereira, estima-se uma maior demanda para os outros dois leilões de contratação de energia, que conta com a expectativa de atuação de projetos fotovoltaicos, termelétricos, eólicos e hidrelétricos, abarcando um novo produto voltado para a recuperação energética de resíduos sólidos urbanos.
Além disso, a secretária executiva sinalizou que o maior obstáculo dos leilões será “modelar” o modo de contratação, dividindo o que é energia (demanda) do que é capacidade (segurança). Apesar de estarem oficialmente previstos para o dia 30 de setembro de 2021, Pereira apresentou um novo calendário para a realização dos leilões A-5 e A-6, antecipando possível alteração de agenda.
“O leilão está planejado para que a gente realize entre novembro e dezembro de 2021”, pontuou ao longo do evento virtual. “A nossa preocupação é fazer esse leilão fazendo com que todos paguem pela segurança. Nos últimos 15 anos quem pagou pela segurança do sistema foi o mercado regulado… Por isso que a gente tem uma grande migração para o mercado livre em função do aumento das tarifas”.



Comments