Do total de nova geração elétrica acrescentada, mais de 80% foi renovável, com eólica e solar representando 91% desses sistemas
De acordo com levantamento realizado pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), a nova geração elétrica adicionada no mundo em 2020 totalizou 260 gigawatts (GW). A entidade aponta que, mesmo com a desaceleração econômica provocada pela pandemia da Covid-19, o volume superou as previsões e recordes obtidos anteriormente.
Em relação ao total de nova capacidade de energia, as estatísticas anuais da entidade indicam que a representatividade das renováveis passou, pelo segundo ano seguido, por um aumento significativo. Em 2020, as fontes renováveis responderam por mais de 80% de toda a nova geração elétrica acrescentada no ano, com a eólica e solar representando 91% desses sistemas.
Totalizando 78 GW, a capacidade total de energia solar fotovoltaica alcançou o mesmo patamar que a eólica devido à expansão no continente asiático em 2020. Com 11 GW e 49 GW de nova capacidade, respectivamente, Vietnã e China assinalaram grandes volumes no ano. O Japão acrescentou, aproximadamente, 5 GW, ao passo que a Coreia do Sul e a Índia contaram com 4 GW adicionados de nova geração solar. Os Estados Unidos registraram um aumento de 15 GW.
“Esses números contam uma notável história de resiliência e esperança. Apesar dos desafios e incertezas de 2020, a energia renovável emergiu como uma fonte de otimismo para um futuro mais limpo e justo”, afirmou Francesco La Camera, diretor-geral da Irena. “Apesar do momento difícil que ocorre no mundo, acreditamos que 2020 marcou o início da década das renováveis”.
“Os custos estão caindo, os mercados de tecnologia limpa estão crescendo e nunca os benefícios da transição energética foram tão claros. Essa é uma tendência inevitável, mas, ao analisar nossos levantamentos, há muita coisa ainda para ser feita”, destacou La Camera.
“Para atingir as metas climáticas de 2050, é necessário redirecionar investimentos planejados em energia. Nessa década decisiva, a comunidade internacional precisa observar essa tendência como uma fonte de inspiração para ir mais longe”, completou o dirigente.
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