Companhia aguarda leilão de energia de reserva (LER) 2014, quando será contratada energia de projetos solares do país.
A diversificação da matriz energética é considerada um dos pilares do trabalho de mitigação de riscos dentro da CPFL Renováveis, por isso o próximo dia 31 de outubro é aguardado com ansiedade pela companhia. É a data prevista para a realização do leilão de energia de reserva (LER) 2014, quando, espera-se, será contratada energia dos primeiros grandes projetos de energia fotovoltaica do Brasil.
A CPFL Renováveis possui aproximadamente 500 MW habilitados para o certame, a maior parte associada a projetos solares.
Atualmente, a fonte eólica responde por aproximadamente 60% do portfólio de projetos da companhia. Pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e a biomassa respondem pelos outros 40%, de forma equânime. A energia solar não detém nem 0,01% da oferta total de 1.772 MW em operação, já que se restringe a um projeto piloto com painéis solares totalizando 1,1 MW, instalado em Campinas (SP).
“Buscamos a diversificação geográfica e por fontes, dado que a competitividade das diferentes fontes é cíclica. As PCHs chegaram a ser mais competitivas, mas os preços atuais mudaram isso. Hoje vemos a energia eólica (mais competitiva), mas acreditamos que também podemos observar isso na solar”, afirmou o presidente da CPFL Renováveis, Andre Dorf, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Para atrair os investidores, o governo federal estabeleceu, para este leilão, em R$ 262/MWh o preço-teto para a energia solar no Brasil. O leilão também contará com projetos eólicos, cujo preço-teto ficou em R$ 144/MWh, e de biomassa, com preço-teto de R$ 169/MWh. Especialistas apostam na contratação de pelo menos 500 MW de usinas solares, além da demanda pela energia eólica.
O resultado do LER 2014 tende a contribuir para o processo de diversificação idealizado pela CPFL Renováveis. Dorf acredita que as energias solar e eólica ganharão participação no portfólio da companhia, em contraste à trajetória das PCHs. A fatia de biomassa não entra nessa conta, dado que os projetos são idealizados em parceria com potenciais fornecedores e os cronogramas seguem processo alheio à decisão exclusiva da geradora.
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