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Diretor da BYD afirma que expansão da fonte solar no Brasil é irreversível

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Diretor da BYD afirma que expansão da fonte solar no Brasil é irreversível

Ele também avalia que, mesmo com a falta de uma política industrial e retrocessos na regulação, o setor sustentará resultados positivos no país

Segundo Adalberto Maluf, diretor de marketing e sustentabilidade da BYD Brasil, o avanço da fonte solar é irreversível devido aos atributos econômicos e às vantagens que a tecnologia traz para o sistema elétrico. Entretanto, o executivo aponta que o desenvolvimento integral do setor no Brasil é prejudicado pela falta de uma política industrial e por retrocessos na regulação vivenciados pelo mercado.

“O Brasil tem uma das melhores incidências solares do mundo, grandes reservas de silício, capacidade de transformar essa matéria-prima e uma cadeia produtiva que se instalou no país. Poderíamos ser um líder da energia solar no mundo, mas estamos longe do TOP 10 e tendo que enfrentar esses retrocessos”, comunicou o diretor durante transmissão viabilizada pela Agência Envolverde.

Há alguns anos, a geração distribuída (GD) tem se apresentado como tendência para o setor elétrico, pontua o executivo. “O Brasil teve crescimento significativo em GD no ano passado, ultrapassando a geração solar centralizada. É um segmento que vai crescer, porque traz segurança energética, contribui para a rede melhorando a distribuição e é mais barata”.

Maluf compreende que o acesso ao financiamento é um obstáculo para o crescimento desse setor. “O empresário brasileiro não tem condições de fazer o investimento. Se o governo criasse linhas incentivadas, o empreendedor poderia receber o dinheiro com alguns meses de carência, instalar o sistema e pagar o financiamento com a economia de energia”.

O executivo também observa distorções nos debates sobre a regulação do setor. “O sistema de compensação da Resolução Normativa 482 é bom. Mas o problema é que as distribuidoras fizeram uma grande pressão contra a GD e foi apresentada uma proposta de revisão que tornaria a modalidade inviável”.

“Só apresentaram os atributos negativos da tecnologia. Depois, o Congresso entrou na discussão. A legislação para a solar, que era muito boa, tem sofrido retrocessos. Mas a fonte vai crescer de qualquer forma, os custos caíram mais de 90% em dez anos e o payback é de até três anos em alguns estados. É um processo sem volta”, completou.

Além disso, Maluf chama a atenção para o fato de que a ausência de uma política industrial será responsável pela falta de aproveitamento da enorme capacidade de crescimento do segmento no Brasil. “A solar é a fonte que mais gera emprego por megawatt instalado. Foram criados 150 mil empregos em 2020. Poderia gerar 1 milhão até 2025. Mas do jeito que está, não vai acontecer”.

“O governo zerou imposto para todos os painéis importados, enquanto um painel nosso, fabricado no país, empregando e gerando arrecadação, paga 30% de imposto. O Brasil está passando pela maior desindustrialização do mundo. É preciso retirar distorções que amarram o empresário e estão matando a indústria brasileira”, destacou.


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