Iniciativa conta com 39 membros e tem o objetivo de criar um novo ecossistema de colaboração aberta na cadeia industrial
Por Ricardo Casarin
Fabricantes do setor de energia solar estabeleceram um grupo para desenvolver e produzir módulos fotovoltaicos de potência acima de 600W. Batizada de Aliança Ecológica Fotovoltaica 600W+ de Inovação Aberta, a iniciativa conta com 39 membros, incluindo a Trina Solar, Risen Energy e JA Solar, além de fornecedores de inversores, como a Huwaei, Sungrow e SMA.
“A Aliança foi anunciada com o objetivo de criar um novo ecossistema inovador por meio de colaboração aberta, otimizando a sinergia entre os principais recursos da cadeia industrial e integrando processos-chave, tais como pesquisa e desenvolvimento, fabricação e aplicações”, informou a Trina Solar, por meio de comunicado.
O texto aponta que as empresas irão trabalhar juntas para construir produtos, sistemas e padrões para uma plataforma tecnológica de última geração, e se comprometem a otimizar os valores para o cliente dos módulos 600W+ de potência ultra alta, bem como das soluções associadas e utilizadas na aplicação final.
“A energia fotovoltaica está se tornando uma das mais importantes forças impulsionadoras para a transformação de energia. Para trazer mais valor aos clientes e promover o desenvolvimento sustentável da indústria fotovoltaica, a inovação aberta aparece como uma questão-chave. As empresas associadas da Aliança são parte de toda a cadeia de valor industrial, sendo especialistas em wafers, silicone, células, módulos, trackers, inversores, materiais e fabricantes de equipamentos, entre outras”, complementa o informativo da Trina Solar.
Recentemente, em outra iniciativa de união entre companhias da indústria do setor solar, sete grandes empresas firmaram um compromisso para adotar o wafer de silício de 182mm x 182mm como padrão de mercado. O grupo é formado pela Longi, Canadian Solar, Runyang Yueda, Zhongyu Photovoltaic Technology, JA Solar, JinkoSolar e Lu’an Solar Technology.
Na ocasião, a Longi apontou que os módulos ultra potentes baseados em grandes wafers de silício se tornaram uma das tendências mais importantes da indústria. Porém, com a ausência de um padrão comum, as companhias adotaram wafers de diversos tamanhos, resultando em um aumento dos custos de manufatura para toda a cadeia de suprimentos.
Para lidar com esses problemas e acelerar a eficiência da indústria e o desenvolvimento padronizado, as sete companhias defendem a adoção universal do wafer de 182mm x 182mm, e sua inclusão nas especificações de padrão da indústria. “Estamos confiantes que a adoção universal desse padrão de wafer irá otimizar o uso de recursos e promover o desenvolvimento contínuo e saudável da produção fotovoltaica”, afirmou a Longi.
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