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Fontes renováveis têm a gestão de riscos desafiada pelas mudanças climáticas

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Fontes renováveis têm a gestão de riscos desafiada pelas mudanças climáticas

Relatório da KPMG mostra que mudanças climáticas afetam principalmente fontes de energia de baixo teor de carbono

A KPMG divulgou um relatório que demonstra que as maiores ameaças, oriundas das mudanças climáticas, que afetam o setor de energia são os impactos adversos sobre as fontes de geração de energia hidrelétrica, solar e eólica – fontes de baixo teor de carbono. Esses impactos são: as alterações do comportamento dos clientes, o fornecimento de energia e a acessibilidade econômica.

Um estudo chamado “Uma avaliação ampliada dos riscos que afetam o sistema de energia” (An enhanced assessment of risks impacting the energy system) identificou riscos que podem ser prejudiciais ao setor em um curto período de tempo. Especialistas acreditam que, a menos que medidas paliativas sejam tomadas, o setor terá consequências negativas na receita futuramente.

O Brasil passa, nos últimos meses, pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos, por conta da falta de regularidade das chuvas. Isso afeta diretamente o setor energético, pois as usinas hidrelétricas compõem mais de 60% da geração de energia, o que causa um aumento nos custos de geração de energia, afetando todos os setores da economia.

Além disso, grande parte da capacidade das hidrelétricas (em torno de 70%) está na região Centro-Oeste e Sudeste. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios dessas regiões contam com apenas 25,15% de capacidade de armazenamento.

O planejamento brasileiro de energia está em busca de diversificar a matriz energética e expandir a produção para outras tecnologias: biomassa, solar, eólica e gás natural (considerado parcialmente renovável).

Os riscos de mudanças climáticas são alarmantes, e os riscos de transição de matriz estão sendo desenvolvidos pela liderança fragmentada e limitada de órgãos reguladores, que estreitam de forma crítica a abordagem estratégica quando o assunto é transição energética.

O sócio-líder de energia e recursos naturais da KPMG no Brasil, Anderson Dutra, se mostra preocupado. “A importância crítica para as economias, a sociedade e o meio ambiente de um sistema de energia resiliente e sustentável torna essencial que as principais dinâmicas, riscos e dependências sejam compreendidos e, previamente, tratados de forma direta em todo o setor”, diz Anderson.

As companhias de energia precisam unir forças para mitigar, em tudo que for possível, as exposições de todo o sistema energético brasileiro. Se não houver regulamentação de governos ou estratégias, o foco deve estar nas áreas: esforços coletivos na capacidade de armazenamento de energia, risco de viabilidade e confiabilidade do sistema energético.

“O sistema de energia, em particular, enfrenta uma infinidade de riscos, desafios e oportunidades ESG, conforme o processo realiza a transição de sistemas de produção e consumo de energia baseados em fósseis para fontes de energia renováveis. Uma estreita coordenação e alinhamento são necessários entre os setores do subsistema para otimizar o desempenho total do processo e coordenar as respostas aos riscos do sistema”, afirma o sócio-líder de energia e recursos naturais da KPMG da América do Sul, Manuel Fernandes.


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