Companhia afirma que a escala de geração do combustível poderá ser ampliada e as metas de carbonização no mundo aceleradas por meio da combinação com a tecnologia fotovoltaica
A Longi Green Energy divulgou o desenvolvimento de nova unidade de negócios voltada ao mercado de hidrogênio verde – que foi registrada sob o nome de Xi’an LONGi Hydrogen Technology Co. – na China. Ainda não foram fornecidos detalhes sobre como, exatamente, se dará a execução da divisão.
De acordo com Yunfei Bai, diretor de pesquisa industrial da Longi, a diminuição constante de custos da produção solar trouxe uma conjuntura favorável para a redução dos gastos com o processo de eletrólise. Ele analisa que a escala de geração do hidrogênio verde poderá ser ampliada e o cumprimento de metas de descarbonização global concretizado por meio da combinação das duas tecnologias.
O executivo indicou uma tendência de procura crescente por sistemas fotovoltaicos e eletrolisadores, oriunda da busca global por hidrogênio verde, ressaltando que mais de 1,500 GW de geração solar são requeridos pela geração da atual demanda anual de 60 milhões de toneladas de hidrogênio verde.
Bai destacou não só a capacidade do hidrogênio verde de oferecer uma forma de descarbonização para a indústria pesada, mas também o seu potencial de atuar como uma tecnologia de armazenamento de energia. “O hidrogênio possui uma densidade de energia maior que os sistemas com bateria de lítio, o que é bastante conveniente para armazenar por vários dias, semanas e talvez até meses, resolvendo a intermitência da geração fotovoltaica e transformando a fonte solar na solução para o futuro da eletricidade”, relatou o dirigente.
Além disso, ele sublinhou o auxílio industrial e político destinado ao hidrogênio verde, que conta com apoio de governos e empresas para grandes empreendimentos. A União Europeia estabeleceu, no ano passado, um novo plano com objetivo de instituir o segmento dentro do bloco, indicando que seriam necessários até 120 GW de nova capacidade renovável para atender aos 40 GW de eletrolisadores indispensáveis para que o setor possa atingir escala suficiente para gerar hidrogênio verde, até 2030, de modo competitivo.
Após firmar um memorando de entendimento com o governo estadual do Ceará, a Enegix Energy divulgou, no começo de março, que irá desenvolver a maior planta de hidrogênio verde do mundo no território brasileiro. Segundo a empresa, o empreendimento, que recebeu o nome de Base One, será abastecido por 3.4 gigawatts (GW) de energia renovável e será capaz de gerar mais de 600 milhões de quilos do combustível por ano. O investimento é estimado em US$ 5,4 bilhões.
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