Segundo relatório da Associação da Indústria de Energia Solar (SEIA), mercado fotovoltaico dos Estados Unidos instalou 3,6 GW de nova capacidade no período
Por Ricardo Casarin
O mercado fotovoltaico dos Estados Unidos instalou 3,6 GW de nova capacidade no primeiro trimestre de 2020, melhor resultado já registrado para o período no país. Segundo relatório da Associação da Indústria de Energia Solar (SEIA), a pandemia de coronavírus está tendo um impacto relevante no setor. Construções tem apresentado atrasos, a demanda caiu e o acesso a financiamento é restrito.
“A indústria solar certamente foi impactada pela pandemia, causando incertezas para os negócios e deixando 72 mil pessoas sem emprego”, declarou a CEO da entidade, Abigail Ross Hopper. “Nosso setor ainda tem um dos crescimentos mais rápidos do país e poderemos liderar a recuperação econômica se algumas políticas forem postas em prática.” A SEIA ressalta que os impactos da crise sanitária nos primeiros meses do ano ainda são marginais e devem ser mais aparentes nos resultados do segundo trimestre
O relatório aponta que os mercados residenciais e não residenciais irão apresentar queda de 25% e 38%, respectivamente, no volume de instalações em 2020, conforme os segmentos enfrentam desafios gerados por interrupções de trabalho, atrasos de licenciamento e queda na demanda. A geração distribuída terá um total de instalações 32% menor que o previsto antes da pandemia.
Porém, a pesquisa prevê um crescimento de 33% do setor solar como um todo em 2020, em função do forte desempenho da geração centralizada, que deverá responder por mais de 14 GW em novas instalações nesse ano. O grande volume de contratos firmados em 2019 e no primeiro trimestre posicionaram o segmento para um ano recorde, mesmo com alguns grandes projetos enfrentando atrasos e problemas de financiamento.
“Enquanto a geração centralizada se mostra um segmento promissor com níveis sustentáveis de negociações, a menor demanda de energia e a redução de preços no mercado de eletricidade trazem incertezas”, avaliou o gerente de energia solar da Wood Mackienze, consultoria responsável pelo estudo, Ravi Manghani. “A pandemia e a desaceleração econômica irão pressionar a indústria solar nos próximos meses se a recuperação for lenta e o financiamento minguar.”
Após 2020, todos os segmentos do mercado enfrentam incertezas consideráveis causadas pela pandemia, resultando em uma redução de 3.6 GW nas previsões de 2020 a 2025. O crescimento será contingenciado em função do ritmo da reabertura econômica, recuperação da demanda de consumo, estabilidade de mercado e retomada do crescimento da demanda por eletricidade.
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