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Minas Gerais lança ferramenta para mapear disponibilidade para novas conexões em geração distribuída

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Segundo estudo da Fiemg, para cada gigawatt de energia instalado no estado, estimativa é de que 18 mil empregos formais serão gerados, com a incorporação de R$ 874 milhões ao PIB mineiro.

Por Andrea Vialli

Líder nacional em geração de energia solar fotovoltaica, o estado de Minas Gerais acaba de lançar uma ferramenta de planejamento para a expansão das conexões. O Mapa de Disponibilidade de energia fotovoltaica (https://geo.cemig.com.br/mca/) é uma plataforma online que indicará a capacidade da rede elétrica de cada região mineira para receber novas cargas oriundas de sistemas de geração distribuída (GD). 

Ao acessar a plataforma, a empresa ou consumidor interessado em instalar pequenas usinas solares em Minas poderá acessar os pontos de capacidade da rede elétrica. Antes, essa consulta era feita por meio de um requerimento com base em estudo elaborado de cada caso, procedimento que levava até dois meses para ser concluído. 

Desenvolvido pela concessionária Cemig em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, o mapa contempla todas as 400 subestações da Cemig no Estado e classificará em quatro cores as subestações, de acordo com a disponibilidade de cada uma. As subestações em verde indicam que há disponibilidade para atendimento; em amarelo, indica que a disponibilidade está limitada ou condicionada a uma obra estruturante; em vermelho, indica que a capacidade de atendimento está 100% comprometida e em cinza, que há uma subestação planejada para construção. 

De acordo com Wagner Antonio Araújo Veloso, gerente de planejamento da expansão da distribuição da Cemig, a boa irradiação solar presente em todo o estado, os incentivos fiscais e a ocorrência de terras baratas em algumas regiões mineiras levaram a uma verdadeira corrida do ouro para empreendimentos fotovoltaicos. Se por um lado isso colocou o estado na liderança da GD, por outro exigiu um planejamento mais robusto da expansão da fonte. “A partir de 2018, houve um boom de empreendimentos fotovoltaicos em regiões como o norte mineiro, que tem boa irradiação solar e terras baratas. Isso evidenciou a necessidade de um planejamento com maior transparência, isonomia e agilidade”, diz Veloso.

Com 600 megawatts em potência instalada, Minas Gerais se destaca nacionalmente na geração distribuída de energia solar fotovoltaica. A fonte beneficia 824 municípios e um universo de 78 mil consumidores, em 54 mil sistemas conectados no estado, segundo o ranking da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). O estado oferece desoneração para as usinas de até 5 MW e também para qualquer equipamento que faça parte do sistema gerador fotovoltaico, como inversores, módulos, cabos e estruturas. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) tem linha de crédito específica para energia solar, que financia 100% dos projetos com juros médios de 1,05% ao mês.

Com o mapa, o desejo do governo mineiro é de atrair ainda mais investimentos em geração solar fotovoltaica, fomentando a recuperação econômica do estado no pós-pandemia. Ao anunciar o lançamento da ferramenta, no final de junho, o governador Romeu Zema (Novo) destacou o pioneirismo da tecnologia. “É algo inédito e a Aneel já disse que quer expandir para todo o Brasil. Essa notícia vem em um momento excelente, porque mais do nunca precisamos atrair investimentos e gerar empregos para o povo mineiro”, afirmou.

A expectativa é de que os investimentos em energias renováveis gerem 134 mil postos de trabalho nos próximos três anos. Segundo um estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), para cada gigawatt de energia instalado no estado, a estimativa é de que 18 mil empregos formais serão gerados, com a incorporação de R$ 874 milhões ao PIB mineiro.

Embora seja inédita entre as concessionárias brasileiras, a iniciativa de mapear a capacidade do sistema elétrico de dar suporte a novas conexões fotovoltaicas já vem sendo feita em países como Reino Unido e Austrália. A ferramenta britânica está disponível para consumidores que queiram gerar a própria energia fotovoltaica, eólica ou combiná-los com seus sistemas de aquecimento. Segundo Veloso, da Cemig, o Mapa de Disponibilidade tem recebido uma média de 1.800 acessos/dia desde seu lançamento, o que confirma o interesse dos empreendedores na plataforma.


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