Número de novas instalações cresceu 65,7% em relação a 2018, somando 11 mil unidades consumidoras no estado
O número de novas instalações de painéis solares no Paraná saltou de 2.675 no ano de 2018 para 7.729 até outubro de 2019, segundo dados da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Isso quer dizer que 65,7% dos sistemas fotovoltaicos ligados à rede de distribuição de energia do estado foram instalados apenas entre janeiro e outubro deste ano. Com essas novas instalações, o número de unidades consumidoras no estado é de aproximadamente 11 mil.
A redução no custo dos sistemas explica parte desse boom no estado. “Nos últimos cinco anos, o custo de instalação de um sistema fotovoltaico caiu pela metade e a tendência é cair ainda mais”, explica Julio Omori, superintendente de projetos especiais da Copel.
Para se ter uma ideia, hoje, um projeto de 4 kilowatt pico, suficiente para suprir a energia de uma casa com quatro pessoas num período de aproximadamente 25 anos, custa em média R$ 20 mil. A energia gerada que é consumida pela unidade significa desconto na conta de luz.
No caso de um sistema gerar energia suficiente para compensar todo o consumo e ainda “devolver” para a rede, o cliente recebe um bônus que pode ser utilizado em contas futuras ou até mesmo em outra unidade consumidora de mesmo proprietário a alimentado pela mesma distribuidora. “Não existe venda de energia em dinheiro; a legislação preconiza a compensação”, explica o superintendente da Copel. No Paraná, todas as instalações de energia solar fotovoltaica passam pela anuência da Copel.
Segundo Omori, a produção de energia fotovoltaica está ligada à luminosidade, então há geração mesmo em dias nublados. “Os países que têm maior produção de microgeração e geração distribuída no mundo são Japão e Alemanha, que têm níveis de radiação solas inferiores a Curitiba, por exemplo”, enfatizou Omori.
Um exemplo é de Wagner Andolfato Souza, que trocou todo o sistema elétrico da casa onde mora para instalar os painéis de energia solar. Nos primeiros meses de uso, ele notou que a conta de luz caiu de R$ 400 para R$ 100 mensais. “Com essa diferença, estamos aumentando o conforto em casa. Comprei um ar condicionado, uma secadora e agora vamos comprar um fogão por indução”, afirmou.
No caso dele, o investimento de R$ 16 mil para a instalação do sistema vai se pagar em quatro anos. “Vale a pena, uma vez que o equipamento dura pelo menos 30 anos”, disse Wagner.
O empresário Reinaldo Rocha instalou o sistema em sua fábrica de móveis. Segundo ele, a conta de luz da empresa era de R$ 5 mil por mês, logo após a instalação das placas em um dos barracões, a conta caiu para R$ 800 por mês. “De imediato você deixa de pagar a energia e passa a pagar o seu investimento”, afirmou Rocha.
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