Ultrapassando em 12% o valor obtido no mesmo período do ano anterior, o volume importado de geradores chegou a 680 MWp em janeiro deste ano
Indicando boas expectativas para o setor solar brasileiro em 2021, relatório da Greener mostra que, em janeiro, a importação do Brasil de inversores e módulos alcançou o maior volume mensal já obtido. A pesquisa aponta que o volume importado de geradores marcou 680 MWp no mês, ultrapassando em 12% o volume obtido em janeiro de 2020, período no qual a pandemia da Covid-19 ainda não havia afetado o Brasil.
Desses 680 MWp, os módulos bifaciais contam com 260 MWp, apontando que uma porção desse total pode estar sendo designada à geração centralizada. O estudo assinalou que, no primeiro mês de 2021, a tendência de acréscimo nos preços dos módulos – vista desde outubro de 2020 – foi intensificada.
No Brasil, foram desembarcados 787 MW em inversores em janeiro, superando em 51% o volume registrado no mesmo mês em 2020, período no qual os reflexos da pandemia ainda não haviam afetado o país. A Greener enxerga os inversores de grande porte como protagonistas, sobretudo os inversores centrais, que totalizaram 22% de todo o volume importado.
Há pouco tempo, a companhia publicou uma previsão de que, em 2021, a cadeia de distribuição fotovoltaica deverá ser responsável por um volume maior que 4.5 GW no país. “Esperamos um mercado bastante acelerado para geração solar distribuída”, ressaltou Marcio Takata, diretor da Greener, durante um webinar.
“A evolução da pandemia é um elemento bastante importante para que de fato esse crescimento aconteça de forma acelerada e tenhamos uma evolução em relação ao ano de 2020”, acrescentou.
A empresa destacou que as restrições na cadeia produtiva dos módulos atingem a disponibilidade e o custo dos equipamentos no mercado global, que deverão impactar o setor brasileiro em 2021. O equilíbrio, quando realizado de forma adequada entre oferta e demanda, é indispensável para manter o crescimento do mercado.
“A cadeia produtiva nos trouxe certa preocupação ao longo de 2020. Vemos um cenário de melhoria, que vem se estabilizando e adicionando capacidade produtiva, que vai dar vazão à demanda do mundo inteiro”, concluiu Takata.
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