Reserva extrativista recebe energia solar no Amazonas
- grupomotaservicos
- 23 de jan. de 2017
- 2 min de leitura
A partir do segundo semestre de 2017, as reservas extrativistas Médio Purus e Ituxi (Resex), no Amazonas, vão receber a instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica. Segundo informações divulgadas pela imprensa, com a energia solar uma fábrica de gelo na região deve ser reativada para conservar a produção de peixes e frutas perecíveis, como o açaí e o cacau.

Além da conservação desses itens, os extrativistas ainda afirmam que, com a tecnologia fotovoltaica, as comunidades da região poderão aproveitar mais tempo de eletricidade durante as aulas noturnas nas escolas e centros de informática. Também será possível aumentar a captação de água por poço artesiano ou da chuva a partir de equipamentos de bombeamento e filtração.

Sem dúvida, essa novidade promete revolucionar o cotidiano da região, que atualmente conta com apenas três horas por dia de eletricidade, gerada a partir de um motor a diesel.
Esse projeto teve início em 2016 e constitui uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio da Coordenação de Políticas e Comunidades Tradicionais, e o WWF.
José Maria Ferreira de Oliveira, gestor do ICMBio na Resex de Médio Purus, disse em comunicado à imprensa que a energia limpa nas comunidades extrativistas trará tranquilidade, segurança, economia e fartura. “Isso vai gerar autonomia e impulsionar novas atividades produtivas além de melhorar e muito a qualidade de vida de cada morador”, disse.
A novidade também já trouxe boas expectativas para os moradores da comunidade. Um deles, Benedito Clemente de Souza, que vive na Resex Médio Purus, disse que a energia propiciará uma verdadeira revolução entre o povo. “Tomar água gelada nesse calor que vivemos e ter um peixe resfriado sem ter que salgar, sabendo que já tem gente com problema de pressão alta por causa do sal, isso tem muito valor para nós”, ponderou Souza.
No início do mês de dezembro, aproximadamente 40 pessoas se reuniram na Universidade Estadual do Amazonas, em Lábrea, município abrangido pelas duas Resex, para discutir o projeto.
Entre elas, estava o engenheiro Aurelio Souza, diretor da Usinazul e pesquisador do Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos, do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), onde o projeto da máquina de gelo solar foi desenvolvida. A iniciativa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Essa articulação, coordenada pelo WWF-Brasil por meio do Programa Clima e Energia, apresentou, em outubro, um primeiro seminário, em Brasília, para apresentação do projeto e coleta de subsídios.
Agora, nesta atividade em Lábrea, com os moradores dessas duas unidades de conservação, foram apontadas as prioridades a serem supridas com energia elétrica de fonte solar fotovoltaica, bem como definido um calendário de articulações, capacitações e instalação de sistemas em duas comunidades – uma de cada Resex, o que deverá acontecer até julho de 2017.
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