![Geração Distribuída cresce acima dos 100% até outubro](https://static.wixstatic.com/media/070909_c7b66430d1864283a1f05d493be3f5e0~mv2.jpg/v1/fill/w_940,h_430,al_c,q_85,enc_auto/070909_c7b66430d1864283a1f05d493be3f5e0~mv2.jpg)
Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até 2027, 1,35 milhão de brasileiros vão gerar sua energia
O crescimento do setor de energia fotovoltaica impulsionou mais uma vez a expansão para o segmento de geração distribuída (GD) no Brasil que, neste ano, cresceu acima dos 100%. De acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o País registrava 71.090 conexões até o dia 31 de outubro, mais que o dobro do volume instalado em 2018.
Este é o sétimo ano consecutivo de crescimento para a GD no país e o sétimo desde a sua criação em 2012, quando a Aneel promulgou a sua Resolução Normativa 482. No total acumulado, o segmento de GD já registra mais de 1,6 Gigawatts (GW) de capacidade e 129 mil geradores distribuídos em todas as regiões do país.
As instalações residenciais, que lideram o número de instalações no país, somaram mais de 70% das conexões no ano, até outubro. Apesar de representarem 18% do total de instalações, os sistemas comerciais alcançaram uma potência instalada bem próxima da geração por placas solares residenciais.
Por sua vez, o segmento rural, um dos maiores crescimentos em relação a 2018, ficou acima dos 103%. Os sistemas fotovoltaicos responderam por 99,89% de todos os geradores distribuídos conectados à rede no país. Esse crescimento deve-se a maior oferta de sistemas de geração da fonte solar, somada a queda de preços da tecnologia e as linhas de financiamentos exclusivas aos consumidores.
Os investimentos brasileiros nesse segmento alcançaram R$ 5,2 bilhões, conforme estimativas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). O mercado também impulsiona a geração de empregos, sendo mais de 10 mil empresas de energia solar no país e 15 mil empregos gerados somente este ano.
O futuro para GD é promissor. Segundo as últimas projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até 2027, 1,35 milhão de brasileiros vão gerar sua energia. Nas próximas décadas, boa parte da energia elétrica da América Latina será suprida pelas fontes eólica e solar, em lugar de combustíveis fósseis como o carvão e o óleo, que ainda têm participação relevante em alguns dos mercados do continente.
A informação é da agência de risco Moody’s Investors Service, que divulgou no dia 15 de outubro, um relatório traçando os cenários de crescimento de oferta de energia para a América Latina, baseando-se no contexto da transição energética para uma economia de baixo carbono, aliada a uma maior presença das fontes renováveis.
O estudo aponta que já são 19 países latino-americanos com planos de inserção de fontes energia renováveis. Os destaques são Chile e Brasil, que aumentaram fortemente as participações de eólica e solar em suas matrizes. O Chile passou de 1% em 2007 para 7% em 2018, e avançou ainda mais, neste ano, ao chegar a um acordo com as empresas geradoras de energia para eliminar toda a geração de eletricidade baseada no carvão mineral até o ano de 2040.
Segundo o relatório, o Brasil apresenta as condições mais favoráveis em termos de presença de fontes de energia limpa na matriz. A produção de energia renovável no país alcança uma fatia de 82% do total, contra 60% no Peru, 17% no México, 15% no Chile e apenas 2% na Argentina. Inclusive, o país já chegou a 86% da meta de energia limpa, contra 60% da meta cumprida por parte do Peru e 35% pelo México. Chile e Argentina possuem apenas 20% das suas respectivas metas de inserção de energias limpas nas matrizes alcançadas, diz o relatório.
![quanto-custa-a-energia-solar](https://static.wixstatic.com/media/070909_b44515ee167c46c299c4e76fa2512e1c~mv2.jpg/v1/fill/w_300,h_100,al_c,q_80,enc_auto/070909_b44515ee167c46c299c4e76fa2512e1c~mv2.jpg)
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