A empresa dedica-se a distribuidores de equipamentos e desenvolvedores de projetos, com meta de comercializar 1 GW por ano até 2024
A empresa JA Solar Brasil, braço da fabricante chinesa focada em equipamentos fotovoltaicos, desenhou uma estratégia nova para agir no mercado do Brasil, que já rende resultados. A JA Solar Brasil está com a atenção voltada para a comercialização de produtos para distribuidores de equipamentos e desenvolvedores de grandes projetos, levando em consideração também o atendimento aos integradores.
O country manager da JA Solar Brasil, Fernando Castro, sem citar números, disse que as vendas triplicaram no primeiro semestre do ano. Em 2020, a empresa comercializou aproximadamente 180 megawatts (MW) em módulos fotovoltaicos no Brasil.
Mesmo com o crescimento, Castro contou ao InfoSolar que o volume está distante dos principais competidores. A JA Solar deseja estar entre os líderes de vendas no país, sendo que a meta é comercializar, por ano, 1.000 MW em módulos solares até o ano de 2024.
“No mundo, estamos sempre no top quatro e esse é nosso desejo para o Brasil. Acreditamos ser possível cumprir essa meta levando em conta nossas projeções e o desempenho dos concorrentes”, contou o executivo.
A produção de energia elétrica por meio da luz solar está crescendo por aqui. Nas semanas que seguem, mais um marco histórico, possivelmente, será comemorado: 10 GW em capacidade fotovoltaica operando.
O território brasileiro possui 9,66 GW em capacidade instalada solar, com 6,2 GW na modalidade descentralizada (GD) e 3,4 GW na modalidade centralizada (grandes usinas). Os projetos que estão em fase de construção totalizam 2,68 GW, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A companhia está aumentando o time de vendas e deseja, no próximo ano, disponibilizar oferta de serviços, suporte técnico e um entreposto aduaneiro. “Estamos conduzindo uma reestruturação de nossas operações para crescer no mercado”, contou Castro.
Castro garante que o perfil tecnológico dos módulos comercializados no país estão consonantes com os outros mercados do mundo, com o equipamento de 535 Wp de potência como o carro-chefe de vendas.
Sobre a disparada nos preços dos fretes, câmbio e matéria-prima, o executivo aponta que são fatores que dificultam, porém não serão impeditivos para o crescimento do mercado de energia solar no país.
“A instabilidade e valorização do dólar afetam o mercado, mas são desafios normais. Vemos o custo da energia aumentando e, independente desses pontos, o setor solar cresce com inovação. É um caminho sem volta”, disse o executivo.
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