Visando uma expansão no mercado de equipamentos fotovoltaicos, 77Sol aposta em modelo digital

Companhia acaba de fechar um acordo com startup do setor automotivo que, nos próximos cinco anos, será responsável por um investimento de R$ 100 milhões

Com objetivo de alcançar uma expansão dentro do mercado de equipamentos fotovoltaicos, a 77Sol aposta em modelo digital. A companhia acaba de fechar um acordo com a zFlow, startup do setor automotivo. Nos próximos cinco anos, a parceria resultará na elaboração de tecnologias de vendas on-line e em um investimento de R$ 100 milhões.

“Em fevereiro recebemos o aporte da zFlow, uma empresa focada em financiamento de veículos, e começamos planejar projetos maiores”, relatou, em entrevista ao InfoSolar, Lucas Milani, o presidente da 77Sol.

“Começamos a atuar em agosto e quase todos os meses temos triplicado. Continuamos com a operação consolidada e crescendo. Estamos lançando alguns produtos, como um simulador em que o cliente final pode avaliar o projeto dele, incluindo o crédito pré-aprovado”, explicou Milani.

O executivo detalhou que o acordo com a zFlow foi responsável por possibilitar a elaboração dessa ferramenta. “O produto não foi criado do zero, iria demorar anos e exigiria uma equipe gigantesca. Foi uma das contribuições da zFlow, que desenvolveu essa ferramenta para o mercado automobilístico e trouxe esse know how”.

A 77Sol pretende atingir, até o fim do ano, um volume de negócios de R$ 250 milhões por mês, além de triplicar a quantidade de integradores cadastrados na ferramenta, alcançando 15 mil. “Atuamos em todo Brasil, com maior representatividade no Centro-Oeste, Nordeste e um pouco do Sudeste. Nosso foco é a minigeração e o nosso principal objetivo é profissionalizar pequenos integradores através da nossa plataforma”, disse o dirigente.

Ele apontou que o desenvolvimento desse modelo de negócios tem como objetivo tornar mais fácil o acesso a equipamentos para pequenos integradores. “Os distribuidores muitas vezes têm dificuldade de atender um cliente pequeno, que vai comprar kits menores. Por isso desenvolvemos uma tecnologia para automatizar esse processo. Somos um facilitador desses elos da cadeia”.

Milani calcula que, entre as vendas da plataforma, 64% são voltadas a empreendimentos comerciais de microgeração. “Também temos bastante venda para clientes residenciais”, pontuou.

Por último, ele estimou que as transformações regulatórias para o mercado de geração distribuída, debatidas no Congresso Nacional e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não vão inviabilizar o mercado, apesar de poderem afetar os negócios. “O pior cenário que pode acontecer é entregar uma economia de energia menor para o cliente, mas o benefício continuará existindo. Seguiremos atendendo e entregando energia sustentável”.

#EnergiaRenovável #geraçãodeenergia #geraçãodistribuída #EmpresasdeEnergiaSolar #tecnologia #EnergiaSolar