Os produtores de morango do município de Bom Repouso (MG) formam o principal mercado da empresa, que é especializada em geração distribuída
Em 2021, a Sun Minas Energia Solar pretende dobrar seu faturamento, direcionando soluções fotovoltaicas ao setor rural. Os produtores de morango do município de Bom Repouso (MG) protagonizam o mercado da empresa, que opera com geração distribuída.
“Mesmo com a crise, nossos negócios não pararam. Fizemos muitos projetos para câmaras frias, utilizadas no resfriamento de morango. Estamos otimistas para 2021, queremos dobrar nosso faturamento, atuando com os produtores e também no segmento residencial”, relatou Diego Brandão, CEO da Sun Minas Energia Solar, durante entrevista cedida ao Portal Solar.
“Fizemos um projeto para uma fabricante que fornece equipamentos para os agricultores. De certa forma, tudo está relacionado ao morango”, salientou o executivo. A cidade, situada no sul de Minas Gerais, conta com aproximadamente dez mil habitantes e é caracterizada como a principal produtora de morangos do estado. A Sun Minas já desenvolveu mais de 70 projetos na região, que vão para além da agricultura, os quais já atenderam residências e indústrias.
Segundo Brandão, a demanda por investimentos em micro e minigeração seguirá positiva, uma vez que o preço das tarifas de energia devem continuar crescendo neste ano. “Os preços dos equipamentos fotovoltaicos também estão subindo, por conta da matéria-prima. Mas comparando com cinco anos atrás, o retorno do investimento está mais rápido”.
O CEO também aponta que, desde 2015 – ano em que a companhia iniciou suas atividades –, a Sun Energia vem crescendo exponencialmente. “Era um negócio novo e a maior dificuldade foi criar confiabilidade em uma cidade pequena. Os clientes só acreditavam na economia de energia vendo os projetos prontos. Foi complicado, no primeiro ano só fizemos dois empreendimentos”.
Entretanto, o executivo manifesta uma apreensão diante da valorização do dólar frente ao real e da reavaliação de regras do setor de geração distribuída. “A mudança pode atrapalhar a evolução desse mercado no país. Mas pode ser que seja aprovado um cenário mais suave e aceitável. O dólar está preocupando desde o final do ano passado. Normalizou após as eleições municipais, mas não deve baixar. Impacta nos equipamentos, mas o crescimento na oferta pode reduzir o preço”.
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